Empresário flagrado em apreensão histórica de 103 kg de ouro é condenado a mais de 8 anos de prisão

  • 15/12/2025
(Foto: Reprodução)
Empresário e casado com blogueira: quem é o suspeito preso com barras de ouro O empresário Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, preso com 103 kg de ouro em Boa Vista, foi condenado a 8 anos e 11 meses de prisão em regime fechado. Essa foi maior apreensão de ouro ilegal registrada no país. A decisão foi assinada nesta segunda-feira (15). Ele está preso desde agosto. Bruno foi condenado pelos crimes de transporte ilegal de matéria-prima da União e transporte de substância tóxica (mercúrio, presente no amálgama de ouro), mas foi absolvido da acusação de receptação. O g1 procurou a defesa do empresário e aguarda resposta. O minério estava dividido em barras e foi avaliado em R$ 61 milhões pela cotação do Banco Central. A condenação ainda cabe recurso, porém foi negado a Bruno o direito de recorrer em liberdade. A juíza Mirna Brenda de Magalhães Salmázio, responsável pela sentença, destacou que a conduta do réu fomenta uma "grave crise humanitária" na Terra Indígena Yanomami e que o transporte é uma etapa essencial para a logística do garimpo ilegal e deve ser punido com o mesmo rigor aplicado à extração ilegal. "De fato, a lavra de recursos minerais em terra indígena, para além de esbarrar em vedação constitucional maltrata os recursos naturais e a população indígena, que já se encontra altamente fragilizada pela ausência de tutela do Estado", cita parte da decisão. Interrogatório Em depoimento, o empresário afirmou que estava a passeio em Manaus, no Amazonas, com a esposa e o filho, e foi apresentado por amigos em comum a um homem chamado "Artur". Foi Artur quem o contratou para transportar o ouro para Roraima. Bruno receberia a quantia de R$ 10 mil pelo serviço. O homem assegurou Bruno de que a carga era devidamente documentada, e que estaria "tudo certinho". Artur disse que seria necessário ocultar o ouro no veículo para evitar assaltos, e que os documentos que comprovavam a legalidade estariam escondidos com o minério. O carro utilizado para o transporte, segundo Bruno, foi entregue por Artur já com o ouro escondido sob o painel. O empresário afirmou não saber onde o ouro estava escondido, nem tinha conhecimento sobre a quantidade ou a origem do minério. Bruno disse que aceitou o serviço por necessidade financeira, mas declarou que não se preocupou em verificar a documentação da carga, e não sabia que o transporte de ouro sem comprovação de origem legal é crime. O veículo e o minério seriam entregues a “um rapaz” em um posto de combustível em Boa Vista, mas ele não sabia o nome desse rapaz. Também não soube dar mais informações sobre o contratante. Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, foi levado à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, o maior presídio de Roraima Reprodução e Caíque Rodrigues/g1 RR Relembre o caso Bruno foi parado pela PRF na altura da ponte dos Macuxis, em Boa Vista, por volta de meio-dia de 4 de agosto deste ano. O empresário estava com a esposa e o filho, um bebê de nove meses à época. Durante a abordagem, o Bruno apresentou sinais de nervosismo. Os agentes suspeitaram de inconsistências na documentação que ele apresentou e decidiram fazer uma busca mais detalhada. Foi então que localizaram as barras de ouro escondidas. Quando foi abordado pela PRF, o empresário disse ser fiscal de obras e afirmou que havia saído de Manaus para verificar uma construção, mas não soube informar o nome ou o endereço da obra que seria fiscalizada. LEIA MAIS: PRF apreende 103 kg de ouro avaliados em mais de R$ 60 milhões em Roraima Ouro na Hilux: O que se sabe sobre apreensão histórica de 103 kg de ouro em Roraima Preso com barras de ouro em Hilux é empresário em Rondônia e ficou calado em depoimento à PF Ao chegar à PF, não disse mais nada. Ele foi acompanhado por dois advogados desde o momento da abordagem até o procedimento na polícia. O empresário é dono de uma empresa varejista de artigos de vestuário e acessórios em Rondônia. A defesa de Bruno disse que ele é um "trabalhador" do "setor mineral", além de ser réu primário, com bons antecedentes, pai e "único provedor familiar". Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2025/12/15/empresario-flagrado-em-apreensao-historica-de-103-kg-de-ouro-e-condenado-a-mais-de-8-anos-de-prisao.ghtml


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